terça-feira, 27 de março de 2007

Quase sem querer

Esse final de semana, durante a formatura de um amigo da época do colégio, percebi “quantas chances desperdicei quando o que eu mais queria era provar pra todo mundo que eu não precisava provar nada pra ninguém”*.

No intuito de mostrar para todos que eu não ligava pra colação de grau, festa e anel de formatura, acabei não colando grau no teatro e perdendo a chance de viver um momento tão especial.

Muito dessa minha decisão adveio do fato que eu não iria me formar com os meus amigos, que a época da minha formatura já haviam se formado, mas apenas com estranhos.

Mas aí eu já começo a questionar se ter largado a monografia no período em que eu deveria ter me formado no tempo certo não foi uma grandessíssima bobagem.

E quanto ao que eu estou fazendo agora? Largando a outra faculdade que estou cursando e voltando pra casa? Outra bobagem? E não ter sequer feito vestibular na minha cidade porque o que eu queria era morar fora?

Será que eu precisei ir tão longe pra perceber que eu posso ganhar o mundo sem sair de casa?

Será que esse tempo morando fora me fez crescer de alguma forma ou foi apenas uma perda de tempo?

E agora, volto ou não volto?
Tento mais um pouco?
Assumo logo que não deu certo e paro de perder tempo?
Eu vou agüentar as cobranças?
Procuro emprego?
Tento passar em um concurso público?
Faço outra faculdade? Mas de quê?

Sempre adequadas, deixo aqui uma música de Legião que muito gosto:

Quase Sem Querer

(Legião Urbana)

Composição: Dado Villa-Lobos, Renato Russo e Renato Rocha

Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso.
Só que agora é diferente:
Estou tão tranqüilo
E tão contente.

*Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém.*

Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira.

Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber
Tudo.

Já não me preocupo
Se eu não sei por quê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê

E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.

Tão correto e tão bonito:
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos.
Sei que às vezes uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?

Me disseram que você estava chorando
E foi então que percebi
Como lhe quero tanto.

Já não me preocupo
Se eu não sei por quê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê

E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você.

2 comentários:

Tevê Aberta disse...

Olá, Pequena Vendedora de Fósforos.
Valeu pelo link aí do lado... E boa sorte com seu blog. Até!

Anônimo disse...

Adorei esse espaço seu!
passe no meu tbm!!!
soh achei seu post mto triste... dificil tomar decisões como essas...voltar atrás sempre é mais dificil, mas talvez traga mais perfeição ao futuro neh?!
bjãooo